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Wallcântara Street

Como qualquer jovem, em início de carreira (qual carreira??!), procuro investir o meu capital (??!) em projectos seguros. Já me falaram em consultores financeiros, livros especializados na matéria, enfim balelas. Eu falo directamente com o guru da economia mundial- o Zé de Alcântara, sempre actualizado no que diz respeito aos mercados emergentes e não só.
À hora de almoço encontro o Zé em mais uma das suas palestras sobre a Nova Economia do Oriente, "...agora, os chineses estão todos à rasca, é só lojas a fechar, o que está a dar são as lojas dos paquistaneses, monhés do crl..." Registo cada palavra nas páginas do meu bloco perfurado que mais tarde irei juntar a outras anotações que arquivo num dossier ao qual dei o nome de "Conselhos económicos do Zé", ao lado dos clássicos: "Como engatar gajas boas sem gastar dinheiro, Zé A."; "A técnica do Palito por Zé A."; "Pochete, sim ou não? Zé A."; "A Bola ou Record? Zé A.". Nisto, reparo num papel a sair do bolso do casaco do guru- eur..euro..euro-milhões. Aí está, a subtileza de um génio. Não.. não pensem que é fácil descodificar as mensagens do Zé. Sim, é isso mesmo, enquanto nos falava dos grandes invasores da nossa pobre e periférica economia, o Mestre, indicava-nos o Caminho de forma indirecta... Façam o euro milhões, façam o euro milhões, fosgasse...