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Café da manhã na Nova Zelândia

8hoo. Entro no café, escuto sai uma bica, privilégio de ser um habitual, o Sr. Zé não falha. Olho em frente, ainda estremunhado consigo detectar uma, duas, três remelas, podia estar pior. Ao mesmo tempo vejo, graças ao reflexo do espelho, entrar uma rapariga no café, morena, mas que bela figura, vem na minha direcção até que me toca. Desculpa, sabes... Sei, sei que te podia fazer feliz, vamos embora daqui, desta cidade, deste país, passamos a fronteira, damos o salto para lá dos nossos mais ambiciosos desejos. Esquece a tua carreira, os teus horários e patrões. Tenho ali o carro, é só atestar. Fazemos o amor a cada paragem seja hotel, restaurante, semáforo ou passagem de peões. Dirigimo-nos para Oriente, passamos pela Europa sofisticada e pela renovada, Arábias, Índia, China, Laos até aos nossos antípodas, do que é que estás à espera?... onde fica o Hospital? Nós não encontramos. Nisto, reparo no bisonte que está à entrada, não deve ter entrado porque não cabia na porta. Errr, é só descer e virar à direita. - Obrigada e bom dia- De nada, Sr Zé, tem aqui os 55 cêntimos do café, até amanhã.

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La Barberie


José Bonito Gomes. Quem nasce com este nome tem o destino traçado, Paris, Londres, Nova Iorque, junto dos grandes estilistas, cabeleireiros, das colecções e tendências. Mas José, filho da terra, preferiu fazer a diferença junto da sua gente, lá para os lados de Abrantes. Apesar de viver no interior do nosso querido país, Bonito Gomes não deixa de ter uma vida cosmopolita com os seus hobbies e interesses dos quais destaco a sempre desejada ida ao cabrito. Como homem de família José nunca se esquece de acompanhar o dia a dia do irmão e seus pais, sempre atento às suas necessidades e anseios. Bom vivant, é frequente vê-lo no Café da Celeste, bebendo un bon vin, como se estivesse num qualquer café em Montmatre. Enfim, artistas. Com uma Agenda Social tão preenchida torna-se difícil encontrar José Bonito Gomes no seu Salon, resta-nos o horário do artista(clicar na imagem para ver em pormenor ). Importante não esquecer que, na sua casa, a campainha está por baixo da caixa do correio. Boa sorte.

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Casual Day

E depois há dias em que tudo corre bem. Pessoas cumprimentam-me sem gozar, trabalho bem feito e reconhecido. A partir de agora declaro o 19 de Março como o Dia do Casual, já não bastavam todas as Sextas- feiras. Espero que nos próximos anos festeje também este dia pela outra razão que lhe é normalmente associada. A casa pode ser pequena, mas vão caber todos, ao melhor estilo de acampamento de ciganos, com tendas e tudo, quero pelo menos seis descendentes e vão começar a trabalhar bem cedo, para não criar vícios. Já estou a ver a minha malta no semáforo, olha o dvdêe.

Plof

De manhã, chego ao carro, plof, plof, plof (3). Á tarde, olho para o veículo plof, plof, plof, plof (4). 4+3=7. Qualquer dia dirijo-me à Federação Portuguesa de Columbofilia e PUUUUUUUM. Odeio pombos.

Imagino o diálogo entre um casal de pombinhos (sim eles conversam) no cimo de um plátano:
- Olha quem vai arrumar o carro, o puto ranhoso (sou eu). Hoje vai haver festa. Oh Amélia aposto contigo, um focinho de ratazana, como acerto mesmo em cheio na maçaneta da porta. Plooooof, em cheio. Eheheheh.
- Agora é a minha vez, aposto 100 gramas de dejectos caninos, como consigo acertar no meio do vidro da frente e desenhar um coração, chama-me romântica. Plooof. Que lindo.

Cansado de brincadeiras columbófilas, estou decidido a comprar uma capa para o automóvel, daquelas cinzentas, bem foleira, muito kitsch, anos 80. Agora de certeza que vão dedicar-se aos graffitis. Fazem pontaria e escrevem Pigeons Crew, don't mess with the pigeons, a pigeon is watching you...

E de repente


Jean Seberg
Apetece-me um cigarro. Em Dia Internacional da Mulher, a actriz mais bonita que alguma vez vi no cinema, Jean Seberg. Dava as minhas pestanas, para voltar atrás no tempo, nascer nos anos 40 e viver os 60. Não me importava de ter sido francês,ter levado um balázio dos nazis, ficado meio surdo, desde que a tivesse nos meus braços. Deveria ter sido o Jean-Paul Belmondo em à bout de souffle , de certeza que no casting dava-lhe o bigode com o meu francês de Sorbonne. Par hasard ou por azar nasci no pós guerra, mas colonial e em terras lusas.
Enfim, aquele chapéu poderia ter sido meu.

Oh palhaço que estás aí a dar valentes marteladas dentro da minha cabeça

Dá para parar 10 minutos? É pá, vai almoçar, por exemplo.

Gravata na testa à rambo, só preciso de uma metralhadora

Para metralhar uns quantos monitores, teclados e tudo o que aparecer à frente, vamos a animar, malta.
Isto hoje está a correr bem.

Auto-flagelo nos tempos livres

Apetece-me tropeçar e raspar com as mãos no alcatrão, até ficar em ferida, sem desinfectar, à antiga. Não há cá meninos.

Hoje não passei despercebido

Um sapato castanho, outro preto. Que besta. Ao que cheguei. E agora, como assumir uma postura de responsável e cônscio?