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I hate Mondays

Falta um dia. Um dia para o sempre ansiado derby Sporting-benfica. Ando nervoso. O pior para mim nestes jogos, não é o dia do próprio encontro, é a segunda-feira que segue ao jogo. Lembro-me de faltar às aulas na segunda-feira a seguir a uma derrota por medo, não por medo dos outros colegas lampiões com as suas piadas e insultos, mas por medo de mim, do que poderia fazer a esses sujeitos. Ao ponto de compreender aqueles miúdos de Columbine, embora a minha motivação fosse completamente diferente... Claro que nesta segunda-feira vou estar calmo não só porque já não ando na escola mas também porque vamos ganhar.

Adulta Infância

Gosto de, por momentos, regressar à infância. Acontece quando, por exemplo, chove como hoje. Testo os sapatos e guarda-chuva, não resistem, chumbo total. Depois no carro vingo-me, passo por cima das poças e molho totalmente todos os transeuntes no passeio, ao mesmo tempo que solto gargalhadas alarves.

No entanto, no meu regresso de ontem, fiquei preocupado, quis fazer xixi nas calças e não consegui, a minha consciência adulta não deixou. Assim já não brinco.

Suspiros

Apetece-me estar no Taiti, numa de Gauguin, a pintar nativas de generosos seios, e a espalhar o Amor e a semente. Tudo pela Arte.
Ok, de volta ao trabalho, concentra-te.

É Oficial

Há música casual no blogue casual por mera causalidade.

Psico Games


No meio de uma entrevista, Slater (8x Surf Champ) diz que sempre foi muito competitivo, até com ele. Desde criança traçava objectivos, fazia jogos psicológicos do género, se eu conseguir remar e passar esta rebentação vou ser campeão do mundo. Nisso somos parecidos, nos jogos psicológicos, lembro de desafiar-me constantemente, do tipo: se não falar durante a aula, mesmo que a gorda da professora me perguntar qualquer coisa, passo o ano; se jogar à bola contra o meu avô e ganhar-lhe vou ser campeão pelo Sporting, não fui porque ele venceu-me.
Ainda hoje faço jogos psicológicos. Esta semana desafiei-me, pensei, se subir as escadas de 4 em 4 degraus vou ganhar o EM. Assim, para espanto dos meus colegas de trabalho, lá fui subindo de quatro em quatro até que zás, calças rasgadas entre pernas, mas não desisti, quase em calções acabei por chegar ao topo da escadaria, qual João Garcia. Agora espero que a tradição se mantenha, nem que acerte no prémio mais pequeno (dois números e uma estrela), penso que já paga a despesa na costureira.

Classificados

Agora que vou comprar casa preciso de um cão que guarde o meu material na praia enquanto apanho umas ondas na cabeça para abrir a pestana, seja ardiloso com as meninas e as traga para casa, acompanhe-me em ritmo alucinante no jogging, e alguém que tome conta dele nos fins de semana, feriados e nas férias, porque tenho mais que fazer.

Efemérides

Há dois meses cortei o cabelo.

T-shirt Azul

Não passava daquele dia. Tinha de encontrar a t-shirt azul que tanto gostava. Encheu-se de coragem e abriu o roupeiro. Por entre camisolas, calças, revistas, patins, encontra um buraco do tamanho de um sinal de trânsito. Incrédulo, resolve entrar por dentro do orifício. Trata-se de um túnel. Depois de rastejar largos minutos, começa a ouvir, o que lhe parece ser, uma canção de embalar, que se torna mais nítida à medida que se aproxima... Olá, lembras-te de mim? Atónito, não queria acreditar, uma moça amamentava um bebé de poucos meses. A sua cara não era estranha e de repente recorda-se, Mafalda, és tu? Antigo flirt dos tempos de boémia, em que uma paixão não era suficiente para encher o seu coração e cama. Assim, surpreendido pela chegada repentina da sua paixão oficial, teve de guardar a nova no roupeiro, como que pendurada num cabide, para futuro uso. Entretanto foi de férias, e esquece-se dela no roupeiro.
Mafalda graças a um cabide metálico, qual MacGyver, escava um buraco com vista à sua liberdade. Quando nem tinha escavado 20 cm encontra o túnel e mais tarde o Manel, também foragido de um triângulo amoroso. Palavra puxa palavra, beijo puxa beijo, enamoram-se e nasce a Mariana. A estes dois, juntaram-se mais e mais amantes, que prédio estranho. Sobrevivem à custa da velhota do 2ªEsq, dos estudantes do 6º e do casal Antunes da mercearia lá debaixo. Isto porque, todos eles, os vizinhos, deixam a porta aberta do roupeiro. Assim, à noite realizam-se as investidas às cozinhas. Muitas vezes foram vistos, mas como o prédio é antigo, os vizinhos pensam que são fantasmas ou ratazanas gigantes.
- Mas, onde estão todos?
- Estão numa reunião de condóminos dos roupeiros. Hoje é uma reunião importante, vamos organizar a festa dos Roupeiros do 12 (nº do prédio), estás convidado.
Entretanto, aparece a bela e formosa Raquel, amiga especial do vizinho do 1º. Sempre tivera uma pancada especial por ela, mas por uma ou outra razão, nunca tinha tido oportunidade de lhe falar. E agora finalmente tinha o pretexto que faltava para se meter com ela, já que vestia a sua t-shirt azul.
Isto do destino tem muito que se lhe diga, ao procurar a sua t-shirt favorita encontra a Raquel da sua vida. Há dias de sorte.

Tudo na mesma:

- Chove; o Sporting empata; as imobiliárias telefonam de 22 em 22 minutos, mas não encontro casa que possa comprar/ habitar/ fazer amor e sexo de arromba; meço a mesma altura; continuo a levar tampas/ bofetadas/ kicks de raparigas incompetentes.
Novidade da semana: domino fluentemente o idioma nipónico, de frente para trás 私は多くの女の子との愛を作ることを望む, de trás para a frente む望をとこる作を愛のと子の女のく多は私, e salteado ることを望む私は多くの女の子との愛を作.
Um vodka-sonne-sakê para quem adivinhar o que está acima exposto.