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Nothing falls like Lisbon rain

Chuva cai sobre a calçada, rapariga de cabelo molhado sorri para mim, velhota avisa-me, é a chuva de Outubro meu menino. Gosto de sentir a chuva fria escorrer pela minha face, blazer e calças. Desperta-me para o resto do dia que aí vem. Apetece-me gritar: dasse, esqueci-me do guarda-chuva.

15H00- Com cinco cafés no bucho

Sinto o meu coração a bater no dedão do pé esquerdo. Isto não está fácil.

Golden Brown

Por vezes, dou por mim a pensar nas decisões que tomei, no curso que tirei, nas entrevistas a que fui. Enfim, ponho em causa todo o meu percurso académico/ profissional. Hoje, tive um desses momentos, quando perguntei o preço de meia dúzia de castanhas e o velhote respondeu, um euro. 1 EURO!? Vai roubar para a estrada (já lá estás). Que abuso. Por isso é que na semana passada pareceu-me ter visto o ricaço a sair do Hotel do Chiado. Deve ser dele, só pode, com o lucro que tem a vender castanhas dá perfeitamente para comprar uma cadeia de hotéis. Mas, esperto, toma conta do negócio mais rentável, deixando para os filhos a hotelaria de bairro.
Espera pela pancada, a concorrência vai apertar. Já comprei o assador, só me falta a mota e o atrelado.

Gosto quando dizes que sou excelso

Casual em BD

(Clicar na imagem para ver a tira em todo o seu esplendor)
Cartoon você mesmo. Basta aceder ao site www.com-mix.org

O importante é deslizar

Inspirado nesta frase que li na última SurfPortugal, lá fui eu deslizar pelas... rochas. Resultado: mãos em ferida; dedo que não dobra (logo veremos a radiografia); pé esquerdo todo rasgado; quilha a caminho dos Açores; 44 euros de arranjo.

Aspecto positivo do deslize: graças à cambalhota, que me fez bater com a coluna na lage e acordar de barriga para cima, percebi que já é altura de pintar o tecto do quarto.

Apelo

À Comissão Nacional de luta contra a Sida, Abraço e afins... Devo dizer que as campanhas a favor do uso do contraceptivo masculino, vulgo preservativo, têm dado resultado. Não gastem mais dinheiro em estudos, sondagens. Basta entrar no mar em Carcavelos. Confudem-se com Alforrecas. Impressionante a cada remada, com a ponta dos dedos, era vê-los a boiar aos pares.
Sempre que vou para linha depois do Verão, é isto. Toca a descarregar: cebolas; pacotes de batatas fritas, manteiga, graxa, leite; latas de cerveja; detergentes; pensos. Ficaram-me na memória aquelas surfadas em Caxias, Paço d'Arcos, Carca em que quando olhava para baixo não via a tábua, mesmo sendo amarela. E quando saía, o cabelo parecia cair às camadas e a comichão no corpo era constante. No entanto, em termos de infra-estruturas, muito mudou: ciclovias; bares; marinas; passeio marítimo; parques de estacionamento. Mas, o essencial, ou seja, a qualidade da água continua má ou quem sabe pior, salvam-se as ondas, que me fazem voltar a cada Outono/Inverno, até porque já devo estar imune a muitas doenças. Ainda se tudo isto fizesse afastar morangos e escolas... Trata-se do chico espertismo dos autarcas nacionais. Será que não enfiam o capucho?